Mais uma vez a Anvisa entra com projeto para banir os medicamentos para redução de peso que possuem mais riscos para a saúde do que benefícios comprovados cientificamente (Sibutramina, Anfepramona, Femproporex e Mazindol); e novamente nada vai acontecer. O processo ainda não encerrou, mas tudo indica que não vai dar em nada.
O que a classe médica alega é que alguns indivíduos não conseguem alterar seu estilo de vida e hábitos alimentares, e que a obesidade, nesses casos, pode representar um risco de vida. Vou dizer que, na prática clínica, TODAS as pessoas que atendi que utilizavam essas medicações eram, no máximo, sobrepeso, isso quando não eram eutróficas (com peso considerado normal).
Vou deixar aqui meu protesto, não para proibir então esses medicamentos, já que algumas entidades consideraram como de risco para causar problemas no sistema de saúde do país, mas para acabar com a banalização da prescrição desses medicamentos que é o que acontece hoje. A prescrição deveria ser, sempre que possível, reeducação alimentar e prática de exercícios físicos. Pode até não ser essa a forma mais rápida de se obter resultados, mas é a única que não apresenta efeitos colaterais (pelo contrário!) e que será levada para o resto da vida (a perda de peso mediada pelos medicamentos não mantém o peso após parar de utilizá-lo).